sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Ojeriza

Ando com um medo de Tudo [Me atirava do alto na certeza de que alguém segurava minhas mãos, não me deixando cair. Era lindo mas eu morria de medo. Tinha medo de tudo quase: Cinema, Parque de Diversão, de Circo, Ciganos.."]

Lembro de Hilda dizendo “Tenho medo que me pélo” [pode ser mera coincidência, e é ]

“Porque há para nós um problema sério, tão sério que nos leva às vezes a procurar meio afoitamente uma 'solução'; a buscar uma regra de conduta, custe o que custar. Este problema é o do medo. Do medo que nos toma a todos de estarmos sendo inferiores à nossa tarefa; ou de não conseguirmos fazer algo definitivamente útil para o nosso tempo...”



Em verdade temos medo.
Nascemos escuro.
As existências são
poucas:
Carteiro, ditador, soldado.
Nosso destino,
incompleto.

E fomos educados para o medo.
Cheiramos flores de
medo.
Vestimos panos de medo.
De medo, vermelhos
rios
vadeamos.

Somos apenas uns homens
e a natureza
traiu-nos.
Há as árvores, as fábricas,
Doenças galopantes,
fomes.

Refugiamo-nos no amor,
este célebre sentimento,
e o
amor faltou: chovia,
ventava, fazia frio em São Paulo.

Fazia
frio em São Paulo...
Nevava.
O medo, com sua capa,
nos dissimula e nos
berça.

Fiquei com medo de ti,
meu companheiro moreno,
De nós,
de vós: e de tudo.
Estou com medo da honra.

Assim nos criam
burgueses,
Nosso caminho: traçado.
Por que morrer em conjunto?
E se
todos nós vivêssemos?

Vem, harmonia do medo,
vem, ó terror das
estradas,
susto na noite, receio
de águas poluídas.
Muletas

do homem só. Ajudai-nos,
lentos poderes do
láudano.
Até a canção medrosa
se parte, se transe e
cala-se.

Faremos casas de medo,
duros tijolos de
medo,
medrosos caules, repuxos,
ruas só de medo e calma.

E
com asas de prudência,
com resplendores covardes,
atingiremos o cimo
de
nossa cauta subida.

O medo, com sua física,
tanto produz:
carcereiros,
edifícios, escritores,
este poema; outras
vidas.

Tenhamos o maior pavor,
Os mais velhos compreendem.
O medo cristalizou-os.
Estátuas sábias, adeus.

Adeus: vamos para a
frente, recuando de olhos acesos.
Nossos filhos tão felizes...
Fiéis herdeiros do medo,

eles povoam a cidade.
Depois da cidade, o
mundo.
Depois do mundo, as estrelas,
dançando o baile do medo.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

....

Medos Privados em Lugares Públicos

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Vamos que Vamos!!!

Oh menina Camila!!!

Porra meu!!! É inegável, impensável , Insentível, indiscutível o quanto a Camis é especial! Todos nossos grandes encontros valem um post, é lógico q nem sempre dá pra fazer..

ELA ME FAZ TÃO BEM, ELA ME FAZ TÃO BEM QUE EU TAMBÉM QUERO FAZER ISSO POR ELA LA LA LA

Essa garota me fode com essa folga de segunda, but a minha terça fica bem melhor quando na noite anterior ela vem me ver.
Ela atualiza por mim e eu atualizo por ela!

Ai Camis do Céu, Ai Camis do Céu, Ai Camis do Céu!!! Deus do céu! Como pode isso?
Como posso ficar tão feliz com tão pouco? Será porque vem da pessoa certa?
Tudo ao mesmo tempo agora e sempre na hora certa
[Ele chegou atrasado e eu ainda estava ali]

Ah que esse fdp me faz perder a vontade chocolate e me dá fome de tudo! Capiche Camis?

"Somos crianças nesta noite escura.
Tudo mais não sabemos.
Largas raízes maduras
Apressam nosso passo,
E é de amor e aço"

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Mais nada é tão claro

Essa música é bem bem foda!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

E está tudo bem

Se eu continuar resistindoA luz aparecerá?


Sob esse telhado quebrado


Só consigo sentir a chuva



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Perfeito e Imaginário



"Que boca há de roer tempo? Que rosto/Há de chegar depois do meu? Quantas vezes/O tule do meu sopro há de pousar/Sobre a brancura fremente do teu dorso?/Quan-tas vezes dirás: vida, vésper, magma-marinha/E quantas vezes direi: és meu. E as distendidas/ Tardes, as largas luas, as madrugadas agônicas/ Sem poder tocar-te. Quantas vezes amor/Uma nova vertente há de nascer em ti/E quantas vezes em mim há de morrer".

És Meu! Um personagem fantástico da Hilda. Era o homem da vida dela e é da minha também e de todas as mulheres do mundo. O Meu é perfeito e imaginário

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

No final


Depois de uma quarta feira literalmente de cinzas: Fechamento do mês, balanço, relatórios, reuniões, gringos e bla bla bla ..... Mensagens e mais mensagens, tudo de perna pro ar........nervos à flor da pele. Um stress do caralho mesmo!

Ir para o centro, tomar uns passes.......trocas de energias, valeu a pena! Porra e como!

Depois uma sessão Zé Ramalho com direito e um bom vinho branco e um funinho de morango no Narguile dá pra relaxar....

Eis que meu cel toma já no fim da noite e eu ouço uma “musiquinha boa pros meu ouvidos” blem blem blem blem blem blem blem chamada a cobrar para aceita-la continue na porra da linha após a porra de identificação e uma sutileza sem fim lá vem “puta que pariu demoro pra atender heim?! Vamo pro bar” [meu o cara me liga tarde pra cacete a cobrar e reclama que eu demorei pra atender, vá se fuder]

E lá vamos nós tomar um banho colocar uma Levis batida, passar um novo Christian Dior, passar um rímel barato em gloss da Victoria Secret [devidamente ganhado, pq sim eu tenho amigas que são loucas] pra ir no Blues Bar curtir um bom e velho Blues e uma cerva estupidamente gelada, conhecer gente nova e tratar do que? Do que? Negócios ........Sim que tô fechando uma campanha no freela, vamos brinda-la então!

E ainda tive saco pra desgarregar as fotos e fazer um post [tudo bem que estou escrevendo tudo que vem na cabeça, (foda-se)]!

Acho que é inhaca esta passando!

Frase do dia “nem vou lhe beijar gastando assim o meu baton” clichêzão, mas o que não é?

Beijos que a quinta seja melhor, a sexta melhor ainda e sábado que seja Duca!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Pra depois

Guardar tudo pra um futuro que nunca chega. Guardar o dinheiro pra uma casa que nunca chega, pra uma viagem que nunca é feita, guardar o tempo de se divertir pra trabalhar esperando uma bonança que não vem, guardar o afeto pra um grande amor que promete, guardar os planos pra hora que o homem aparecer, economizar na dedicação, na escarafunchamento da loucura, deixar as coisas se deteriorarem pra cuidar depois, quando algum próximo aparecer, aí cuidar, no imediatismo do amor, que vai, novamente, dar com os burros n'água, por que sempre dá, se jogar, de joelheiras, querer, mas só um pouquinho, querer mas não agora, querer o impossível que nunca realiza e nos deixa com a sensação de falta, constante, falência múltipla do amor, morte por sufocamento, viver economicamente, sem riscos nem apostas, com a suposta sensação confortável de que até você, só chega a parte boa da vida.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Dia da Publicitária

É a profissão que eu escolhi, foi a Faculdade que eu me propus fazer.
Nenhum começo de carreira é fácil e nem tudo são flores, contudo que tenho orgulho da minha profissão, fico embasbacada com meus amigos de tanto que os admiro, sejam eles meus companheiros de pesquisas ou contatos feito no mercado mesmo.

É engraçado como nos entendemos, parece coisa de viado de identificar outro viado, como temos o mesmo jeitão, como podemos ser todos tão diferentes e iguais simultaneamente? Eu particularmente não acho que temos “estereotipou”, nem somos moderninhos, nem vivemos de Macdonald´s, nem curtimos as melhores baladas......tá até podemos fazer isso, mas isso todo mundo faz. Acredito que algumas singularidades existem, adorar São Paulo, pode ser uma delas ou pagar um pau pra Macintosh, mas o mais notável deva ser o “cabeça aberta” que tanto ouvimos ao longo da vida, que pra mim isso é um puta elogio, porque não deixa de ser uma renuncia aos pré conceitos e isso eu acho foda!

Escreveria mais, mas ahora y tengo que ir, vida de publicitária não é fácil [ai quem vê pensa].

Aos grandes brothers de empreitada, aquele abraço, muito CONAR e Kotler pra todos!!

Camis, Dedé, Willy, Van, Frigo, Dri, Picchi, Signori, Scolaro vcs são do Caralho [calma que faltou gente, tudo bem, ninguém lê mesmo]

É lógico que só lembrei da data porque rolou muitos e-mails e sms de parabéns! E como já dizia Washington Olivetto: “Mais difícil do que ter uma grande idéia é reconhecer uma. Especialmente se for de outra pessoa!”