quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

3,2,1 agora foi

Hoje o Shira me cobrou um post falando das gravações na Casa do Sol, ai logo respondi sem pestanejar “Sabe quando é tudo tão foda, inexplicável mesmo, nenhum post vai descrever o que rolou”


Resumindo tudo: o Coordenador da oficina de cinema resolveu fazer um trabalho prático, um projeto pra cada grupo. Como nos estávamos em três eu, camis e van, não tínhamos como fazer uma ficção, nem tínhamos atores no grupo. Sugeri então ao Ricardo pra gente fazer um documentário e ele queria uma resolução sobre o tema a semana seguinte. Eu então me senti um pouco pressionada, logo a sugestão fora minha, e rapidamente mandei um e-mail com várias idéias e por fim escrevi “ mas eu gostaria mesmo de falar sobre a Hilda” e como resposta veio um “Parabéns pelo tema Zuzi, agora só temos que convencer as meninas”, como se as meninas não tivessem se apaixonado por Hilda facilmente... ai foram sábados discutindo, sábados nos bares falando de Hilda, foi madrugadas regadas a vídeos e documentários já realizados sobre ela, foi ida a Sampa pra ver peça de teatro, foram visitas na Casa do Sol pra se familiarizar, visitas na Unicamp, show do Zeca Baleiro pra fazer contato e por ai a fora..........realmente um trampo até chegar no dia das gravações, isso tudo realizado com muito tesão, em tudo existe uma história, tudo foi prestidigitador.
Até um dia que eu quis sair do projeto, até um dia que a camis não deixou e a Vam já estava longe da gente.
Ai chega o dia das gravações, uma correria, uma arrumar os equipamentos, comida, roupa, colchões, parecia uma viagem e realmente foi. Chegamos em seis pessoas, ligeiramente tímidos na Casa do Sol, mas tudo foi se acertando, pessoas incríveis, lugar mágico, uma receptividade jamais vista e estávamos lá na sala da Hilda, tomando cachaça (com acerola) as 4 da manhã, conversando, assistindo sobre ela. Com um Zeca Baleiro de fundo, o pátio da Casa cheio de velas [vide foto e imaginem], com um céu estrelado e um cheirinho dos bons no ar. Foram dias incríveis, realmente uma lição de vida falar sobre essa mulher que viveu por sua arte, por acreditar no poder da sua literatura. Realmente só quem estava lá, quem viveu pra saber e espero que consigamos passar 1/15 da emoção vivida na Casa do Sol.


Hoje o Ricardo me ligou agradeceu por tudo que aconteceu até agora e disse que não irá acabar, que ainda tem muito o que fazer e a Camis me garantiu que vamos prosseguir e eu acreditei neles.

E sábado estaremos dividindo tudo isso com algumas pessoas, gostaria que fosse com mais, muito mais muito mais


Ps: Agradecimento especial ao Shira que me “indicou” pro curso e uma ressalta para a organização do pessoal do NADA. Chegar as 4:30 da manha e acordar as 6:30 pra trabalhar nunca foi tão gostoso.

Um comentário:

Fábio Shiraga disse...

Agora sim!
Meu, foi emocionante ler este depoimento, Zuzi.
Na minha (não) humilde opinião, acho que o teu melhor post até hoje!

Sábado já está aí. E outros sábados ainda estão por vir.

Beijão.